Contos Novos  (Obra Escrita Por Mário de Andrade)

Contos Novos Resumo

Obra:  Contos Novos

Autor:  Mário de Andrade

Esse resumo é para que você possa relembrar os principais pontos, na hora da prova ou exame. Aconselho você ler o livro para estar mais preparado, nossa intenção é que você tome gosto pela leitura.


Contos Novos Resumo

O livro é dividido em vários contos.

Vestida de preto

       Na infância Juca e sua prima brincavam de família com outras crianças em uma casa, em dado momento eles até se trancam a sós num cômodo, Maria estende uma toalha no chão, era o momento em que marido e mulher deveriam dormir.

       Deitados, o menino posicionado atrás encanta-se e mergulha nos longos cabelos de Maria que sente um prazer ao sentir os lábios do menino em sua nuca, interrompidos com a chegada de sua velha tia que os flagra e dá uma bronca, ameaçando contar o que viu aos seus pais, o susto faz que aquela sensação suma.

       Distanciam-se por todo o período adolescência, Juca agora tem uma imagem de rebelde para sua família, e realmente ele não se apega muito a regras, já Maria rica e certinha reprova seu comportamento também.

       Tempos depois a situação se inverte, o menino começa a se dedicar aos estudos e se torna bem visto, já Maria se torna protagonista de vários escândalos durante sua estadia na Europa.

       Quando adulta Maria volta ao Brasil, recebe a visita de Juca durante um banquete da família da mesma, em uma pequena sala com seu sensual vestido preto, o jovem fica com sua imaginação a mil, volta a realidade e pensa no ambiente, na vida que sua prima leva e entende que não tem nada a oferecer a mesma, e acaba por reprimir seus sentimentos a tratando formalmente.

       E passado um tempo, novamente eles perdem o contato, Juca fica sabendo que Maria ia continuar sua excêntrica vida com um Austríaco.

 

O ladrão

       Toda uma vizinhança é despertada com uma gritaria de perseguição a um ladrão, os moradores se assustam e se juntam se rendendo a histeria e pânico, depois se acalmam e acabam por se reunir para pegar o ladrão.

       O que rende a sensação de aventura e os tiram da rotina, de certa forma causando alegria e união, no entanto ninguém ao menos chega realmente a ver o ladrão e então a procura se encerra, mas o vínculo coletivo entre aqueles vizinhos permanece.

 

Primeiro de Maio

       Chapinha era um jovem operário identificado como número 35 passa o dia do trabalho em conflito, com reflexões e emoções que vão desde felicidade a desespero, mesmo assim tem a esperança de que no futuro, haja realmente democracia e mais liberdade ao se comemorar este dia e que o mesmo faça mais sentido.

       Na estação da Luz um carregador de malas tem pensamentos parecidos e vai de uma visão ingênua sobre o dia até uma noção desencantada e decepcionada sobre a verdadeira realidade, achando estranho o fato de políticos comemorem o feriado enquanto trabalhadores são impedidos pela polícia de se agruparem e aproveitarem este dia para falar do mesmo.

 

Atrás da catedral de Ruão

       Mademoiselle é uma velha professora de francês, solteirona e virgem que cuida de meninas da burguesia paulistana, tendo a sexualidade reprimida a descarrega de diversas formas, no recalque sobre as experiências das meninas, no linguajar perigoso, sexual enrustido que as estudantes adoram e entram na pilha.

       O problema é que as meninas vão crescendo e vão trilhando caminhos sexuais que a dama de companhia não conhece, e acaba ficando cada vez mais para trás.

       Num delírio no percurso para casa se lembra da notícia de um acontecimento que fico marcado em sua mente, sobre uma mulher que havia sido violentada na escuridão atrás da Catedral de Ruão, na França.

       Para chegar na sua casa, tem de passar pelo Largo Santa Cecília, onde fica a igreja de mesmo nome, poderia ir pela frente, porém alguma força a faz ir por trás da igreja, em dado momento ouve passos atrás e é derrubada e atacada sexualmente.

       Chegando na pensão onde morava sem ar, em francês ela diz: merci pour votre bonne compagnie, os sujeitos atrás sem entender continuaram despreocupados, a frase significava muito obrigada pela vossa compania, na verdade tudo não passou de um delírio, uma fantasia pervertida da mente esquizofrênica da mesma.

 

O poço

       Em um pesqueiro lugar de lazer da burguesia da época, o seu dono está preocupado com a construção de um poço que está em atraso por causa do frio e da umidade do inverno ficava difícil trabalhar na obra principalmente por conta do risco de desabamento.

       Ao mostrar o poço aos seus visitantes deixa cair sua caneta e faz de forma tirana e sem preocupação com seus funcionários, faz com que um deles o mais magro e doente ir pegar.

       O frio vai se tornando mais agudo e o barulho do maquinário do poço vai piorando, como se não mais gemesse e sim gritasse, o funcionário responsável estava desgastado demais para continuar.

       Em dado momento o irmão do sacrificado se impõe, dizendo que seu parente não iria mais mergulhar no lamaçal, dias depois quando o tempo finalmente melhora os funcionários resgatam a caneta como se o objeto fosse realmente um tesouro e entregam ao patrão, o mesmo vê que não funciona e a joga fora abrindo a gaveta no seu escritório, onde havia muitas outras iguais.

 

Peru de Natal

       Poucos meses depois da morte do pai de Juca, o mesmo querendo possibilitar um pouco de alegria a sua mãe e irmã, afirma que deveriam sim comemorar o natal com um jantar degustando um peru, as mesmas acabam por embarcar na ideia do doidinho e começam os preparativos, mesmo a família nunca tendo sido muito de festejos e isso se dava por causa do espírito econômico e frio do então falecido.

       Enquanto comiam prazerosamente o peru, a mãe lembra-se que estava tudo perfeito, só faltava o marido, e foi o suficiente para mergulhar a mesa em prantos, para desespero de Juca.

       Juca para acalmar os ânimos, concorda com a mãe e faz a ressalva de onde quer que o pai estaria, ele estava feliz de ver a família junta e bem, em pouco tempo a alegria retorna e a família volta a devorar o peru e o fantasma do pai vai desaparecendo.

 

Frederico Paciência

       Juca na fase escolar, uma fase que foi muito conturbada para o mesmo conhece Frederico um novo companheiro de sala, logo ficaram íntimos e vão se deliciando com a companhia um do outro ao passearem abraçados no sofá ao encostarem suas cabeças.

       Um dia no velório do pai de Frederico, os dois tiveram um momento mágico de sedução, depois de juntos expulsarem um homem preocupado com negócios ligados ao falecimento, Juca e seu amigo vão para o quarto.

       Eles conversam na escuridão e Juca se perde admirando os lábios carnudos de seu amigo, deitado e percebendo o lance, Frederico se levanta da cama. Faltando pouco para os dois se entregarem vem a lembrança do pai ainda sendo velado, esfriando completamente o clima, e a partir de então a amizade muda de rumo, perdendo a intensidade.

       Por fim o tanto vira nada, terminado o colégio se separaram com a ida de Frederico para o Rio, anos depois Juca fica sabendo da morte da mãe do amigo e pensa na oportunidade de reatar aquela relação, mas acaba por apenas mandar um telegrama.

 

Nélson

       Num bar um grupo de rapazes exercita seu “voyeurismo” pela curiosidade despertada pelo estranho sujeito, na tentativa de decifrar a identidade do misterioso rapaz.

       Uns dizem que fora apaixonado por uma paraguaia, que o abandonou quando educada, ficou sabendo do massacre que o Brasil causou ao país dela durante a Guerra do Paraguai, outros mencionam ter participado da Coluna Prestes, e ainda que o mesmo teria lutado contra a Coluna, durante um combate onde teria ficado com o braço deformado.

       Nelson percebe que está sendo observado, o que o faz sair do bar. A misantropia do mesmo é tamanha que se vê impossibilitado de seguir o seu caminho porque há bêbados a sua frente.

       No momento em que um policial afasta os arruaceiros, Nelson rapidamente se esgueira, para a sua casa, e se tranca, dando três voltas na chave.

 

Tempo de camisolinha

       A história mostra a ingenuidade de um menino e o final da infância do mesmo demostrada na descoberta sexual.

       Se passa numa viagem de férias em Santos, possibilitada por causa de um período de convalescença da mãe de Carlos, um menino que odiava a camisolinha com que a sua mãe o vestia insistentemente para dormir, num de seus passeios ganha de um pescador conchas do mar que diz ao menino que traziam boa sorte e na volta para casa fica todo feliz por isso.

       Carlos era uma criança curiosa que apesar da sucessiva censura que sua mãe impunha por manipular seu pênis, dizendo que a Santa (um quadro na parede de sua casa) o castigaria por aquele pecado, aproveitou a saída de sua família para testar os avisos da mesma e em frente ao quadro da divindade colocou o órgão para fora e espanta-se por nada acontecer.

       Em outros de seus passeios conhece um português de aparência triste, e acaba sabendo na verdade os motivos, o mesmo tinha dificuldade em sustentar a família e que também tinha uma esposa paralítica, sentindo-se penalizado com aquilo tudo o menino volta para casa escolhe a mais bonita de suas conchas e dá para o homem, esperando trazer boa sorte ao mesmo.

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