A Hora e a Vez de Augusto Matraga (Obra de Guimarães Rosa)

Sobre Guimarães Rosa (1908 – 1967)

Foi um escritor, romancista, novelista, diplomata e médico brasileiro, muitos o considera como o maior escritor da literatura brasileira do século XX. Seus contos e romances são ambientados no sertão brasileiro. Seus livros se destacam por inovar na linguagem, influenciado pelo estilo de fala de cada região. Membro da Academia Brasileira de Letras foi o terceiro ocupante da cadeira nº 2.   

A Hora e Vez de Augusto Matraga Resumo

       Augusto filho do Coronel Afonsão Esteves, das Pindaíbas e do Saco-da-Embira, conhecido como Augusto Matraga, é o maior valentão do local, arranja briga com todo mundo e gosta de maltratar as pessoas.

       Debochado, dá em cima das namoradas dos outros, não leva em consideração sua esposa Dona Dionóra, muito menos com sua filha Mimita, ou sua fazenda, que está começando a se arruinar.

       Em descrédito econômico e político, o castigo chega, sua mulher Dionóra foge com Ovídio Moura levando a filha, e seus capangas que eram mal pagos se colocam a serviço do seu pior inimigo, o Major Consilva Quim Recadeiro.

       Matraga resolve se esclarecer com eles, antes de matar Dionóra e Ovídio, mas no caminho cai em uma tocaia que é armada por seus inimigos, é espancado e marcado com ferro.

       Quase inconsciente, vendo que ia ser morto ele reúne as últimas forças e se atira no despenhadeiro do rancho do Barranco. Pensam que ele está mortA, porém é encontrado por um casal de pretos velhos.

       Começa uma nova vida no povoado do Tombador, para foi levado pelo casal. Curou-se e leva uma vida de trabalho pesado, penitência e reza. Se arrepende de suas maldades, ajuda a quem pode, e reza com devoção, quer ir para o céu.

       Seis anos se passam e tem notícias de sua ex-família, a esposa Dona Dionóra vive contente com Ovídio, e vai casar com ele, Mimita sua filha, foi enganada por um caixeiro viajante e cai na perdição. Matraga sente falta delas, sofre, porém se resigna.

       Certo dia, encontra o Joãozinho Bem-Bem, jagunço de grande fama, acompanhado de seus capangas, Matraga hospeda-os com grande afeição e aprecia as armas e o bando de Joãozinho.

       No entanto, mesmo sendo convidado pelo líder,  não aceita acompanhar o bando, também recusa qualquer ajuda dos jagunços, pretende mesmo ir para o céu. Recuperado fisicamente, Matraga diz adeus aos pretos velhos e parte sem destino, num jumento.

       Chega ao Arraial do Rala-Coco, onde novamente encontra a Joãozinho Bem-Bem e seu bando, prestes a executar por vingança a família de um assassino que fugiu. Augusto Matraga resolve ajudar aquela família, crente que aquele era seu momento.

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