Caminhos Cruzados (Obra Escrita por Érico Veríssimo)

Caminhos Cruzados Resumo

Obra:  Caminhos Cruzados

Autor:  Érico Veríssimo

Esse resumo é para que você possa relembrar os principais pontos, na hora da prova ou exame. Aconselho você ler o livro para estar mais preparado, nossa intenção é que você tome gosto pela leitura.


Caminhos Cruzados Resumo

Era um Sábado, o professor Clarimundo Roxo solteirão de 48 anos, acorda as cinco e meia da manhã para começar o dia dando aulas, sua preocupação é com o tempo, sabe que o seu conceito é diferente daquilo que pensa a viúva Mendonça ou o sapateiro Fiorello.

Clarimundo vive sob o tique-taque do relógio, sente culpa quando atrasa, pensa no livro que ainda escreverá e nele pretende colocar toda sua cultura e algumas gotas de fantasia, seu protagonista é um homem lá da estrela de Sírio, com um telescópio mágico, com o qual observaria a terra e descobriria a verdade das coisas.

Às sete da manhã quem desperta é Honorato Madeira, lembrando de chamar a mulher Virgínia, esta desperta se entrega aos pensamentos, relembrando do filho de 22 anos, e sobre o marido obeso e sem graça, o que lhe causa desgosto.

O filho, Noel tomando café recorda os dias de infância quando a preta Angélica lhe preparava para ir à escola e levava o mesmo a esquina, onde se encontrava com Fernanda, sempre bem arrumada e alegre, num contraste com seu estilo, de volta ao presente recorda também que teve uma infância recheada de histórias fantásticas, contadas por Angélica.

Nunca correu descalço pelas ruas ao sol, seu mundo se limitava a um quarto de brinquedos, livros, e soldadinhos de chumbo numa prateleira, que caiu por coincidência com a morte de Angélica, aos 15 anos.

Sua primeira experiência sexual foi não foi agradável, violenta, Noel sabe que o horário de comer em sua casa é o momento menos cordial, de raros diálogos, sua mãe reclama de tudo, diz que já devia estar trabalhando, o que tinha de melhor era a amizade com Fernanda, a amiga de infância.

Em outro canto da cidade, Salustiano Rosa acorda as 9 horas com o sol batendo em cheio em seu rosto, ao seu lado dorme Cacilda uma bela loira, que encontrou na última noite anterior, a acorda e pede que saia logo, ele se veste e sai feliz, logo após a moça.

As onze horas em outro lugar, Chinita pensa em Salustiano, recorda o rapaz tocando-lhe os bicos do seio por cima do vestido e tem uma sensação deliciosa, hoje à noite, vai encontrá-lo no chá dançante do Metrópole.

Ela está na casa do pai, Coronel José Maria Pedrosa, onde decoradores embelezam o lugar, dona Maria Luísa a esposa teme pelos gastos, mas o marido quer que sua casa seja o melhor palacete do bairro, até festa de inauguração que será na terça-feira e Chinita redigirá os convites.

Fernanda mora na Travessa das Acácias, ela descansa enquanto espera a hora de ir para o trabalho, vai pensando na vida dura que tem levado, na morte do pai, e de repente sua mãe dona Eudóxia a chama para a realidade, lembrando que não deve dormir, uma senhora extremamente pessimista, e crê que tudo vai dar errado, Fernanda evita dar atenção e prefere pensar em Noel e chamar o irmão Pedrinho para o trabalho.

Outro morador da Travessa é João Benévolo que gosta tanto da leitura que se deixa transportar para dentro dos livros, sua mulher Laurentina fica furiosa com a distração do marido e quer saber se ele não vai procurar emprego, já é 1 hora da tarde e lá está ele lendo, mesmo estando desempregado há 6 meses, a casa tem suas contas atrasadas, a costura que faz para fora pouco ajuda, eles têm um filho, Napoleão, magro, que chora por qualquer coisa.

Da janela da casa João e a esposa veem um carro luxuoso, e de dentro sai Dodó esposa do comerciante Teotônio Leitão Leiria proprietário do bazar Continental onde Benévolo trabalhou, a senhora vem visitar Maximiliano seu empregado que está acamado pela tuberculose, e deixa algum dinheiro prometendo transferi-lo para um hospital e parte feliz certa de que tem seu lugar garantido no céu.

Honorato e Noel já saíram, aliviada Virgínia desce para o chá, e aborrecida porque tudo lhe lembra o marido e o filho, trata mal as empregadas, fica aborrecida com a juventude de uma delas Querubina, gritando e humilhando a mesma.

Teotônio despede o motorista e segue a pé para se encontrar com a moça dos olhos verdes, Cacilda que mora na Travessa das Acácias, teme ser reconhecido, vai cheio de culpa, pensando na esposa, Dodó.

Cacilda não apareceu ainda e Leitão fica temeroso, Cacilda chega e entrega-se a Teotônio, pensando no belo rapaz que amou na noite anterior.

A volta de Teotônio para casa repõe a rotina doméstica, a esposa aguarda o marido para o baile no Metrópole, preparado por ela para a comemoração das Damas Piedosas, e depois vai ao quarto da filha, Vera e pede para não ler mais livros sobre sexo.

No salão do Metrópole Salustiano encontra Chinita e a aperta, com certa violência, convidando para darem uma volta, Doutor Armênio espera que Vera compreenda o sentimento que tem pela mesma, mas a moça está interessada mesmo é em Chinita. Honorato Madeira está louco para voltar para casa, mas tem que esperar a esposa.

O professor Clarimundo atende a porta, e é a viúva Mendonça, que vem reclamar a falta de pagamento do aluguel por Benóvolo desempregado há alguns meses, e conta que toda noite um sujeito estranho vem visitar a esposa do mesmo.

Enquanto isso as 11 horas da noite, Laurentina está diante de Ponciano, o visitante mal-encarado mencionado, em outros tempos era o candidato preferido das tias de Laurentina com quem morava, elas a queriam casada.

Mas João Benévolo apareceu, Ponciano se afastou e após 10 anos reaparece e se põe diante dela, todas as noites, esperando fraqueza da mulher para pedir que abandone o marido e o siga, ela que já compreendeu seu objetivo não tem ânimo para falar.

Na casa de Honorato a esposa desperta, se olha no espelho e vê uma mulher bem diferente do que enxerga ser.

O palacete dos Pedrosa continua sendo preparado e Chinita se comporta como uma estrela, seu pai paga todos os luxos, tantos que sua mãe desaprova, o filho João Manuel não leva vida diferente, as vezes não dorme em casa ou então só retorna de madrugada, para dormir até o meio da tarde.

A família está se acabando para Maria Luísa, que pensa onde tudo aquilo irá parar,

É domingo e Clarimundo está na janela pensando em como será seu livro, vê Fernanda e seu irmão sentados para o almoço, a moça avisa a mãe que irá a Ipanema se encontrar com Noel, Fernanda deseja modificá-lo, pensa no duro que dá no escritório, e na luta contra o fatalismo da mãe, enquanto o rapaz só pensa em literatura.

Mais tarde, Pedrinho está no quarto de Cacilda relutando em deixá-la, ela o manda sair logo, pois tem visitas e o rapaz está apaixonado pela mesma, não consegue trabalhar, só vê sua figura dela o tempo todo e lamenta o tipo de vida que a moça leva.

É segunda na casa de Benévolo a pobreza é gritante, almoçam pouco, o filho chora de dor no estômago, enquanto Benévolo sonha lendo um livro, e novamente irrita a esposa que o manda procurar emprego.

Noel tenta escrever seu romance, enquanto isso, João Benévolo vai ao escritório tentando ser recontratado, Fernanda o recebe e diz que vai chamar o patrão.

Leiria lhe dá uma carta de recomendação e encaminha a um amigo, dono de uma fábrica, assim Benévolo se despede, Leiria telefona para o amigo pede desculpas e pede para não se preocupar com o desempregado.

Virgínia está em sua janela esperando por Alcides, e vem cortejá-la todos os dias.

Terça acontece a festa no palacete do Coronel, tem orquestra no hall, há doces e salgados, o proprietário está feliz, e lembra a imagem de um amigo de Jacarecanga, o Madruga, com quem fazia apostas e fica imaginando a cara do amigo, se pudesse ver seu sucesso.

Salu dança agarrado com Chinita, faz insinuações e a leva a um parque e num canto junto à piscina se entregam um ao outro.

Chove forte, Salu desperta com a cabeça zonza, recorda da noite com Chinita e de sua pergunta, vai ao telefone e marca um novo encontro. A moça está chocada com o acontecimento da noite anterior e teme ficar grávida e ao mesmo tempo sente vontade de ficar para sempre com Salu.

Leiria fica enciumado com a festa dada pelo novo rico, e pensa numa forma de derrotá-lo, talvez uma carta anônima resolva o problema, recorda que o Monsenhor Gross lhe pediu emprego para uma moça, e decide despedir Fernanda.

Pedrosa está com a amante Nanette Thibault que lhe pede um automóvel de presente, enquanto sete andares acima, a filha Chinita faz amor com Salu.

Virgínia desgostosa com a vida de casada espera na janela por Alcides, mas ele não aparece, Maria Luísa recebe uma carta anônima dizendo que o marido tem uma amante no Edifício Colombo.

Ela analisa toda sua vida até ali, o filho vive entre prostitutas e bebidas, a filha parece ter perdido o respeito, solta pela cidade, e agora o marido tem uma amante.

Quarta 6 horas da manhã Clarimundo lê Einstein, enquanto Maximiliano o tuberculoso morre sob os olhos da mulher, filhos e vizinhos. Chinita só pensa em Salu e João Benévolo vaga pela rua sentindo fome e frio, o dinheiro acabou e não há alimento em casa, cai de fraqueza.

O carro da assistência o apanha e o coloca numa ambulância, Laurentina chorou o dia inteiro esperando por ele. Os vizinhos dão o que comer a ela e ao filho, Ponciano já está ali sentado olhando-a e dizendo que nada aconteceu a Benévolo, e faz novamente o convide para ir morar com ele.

Laurentina não tem coragem nem para se revoltar, o homem insiste e mostra a carteira cheia de dinheiro, afirmando que tudo será dela.

Virgínia novamente na janela, dessa vez sabendo que Alcides não vai aparecer, apanha o jornal e fica surpresa com o retrato do mesmo numa notícia dizendo que foi morto por um marido enciumado.

Noel consegue fazer Fernanda entender que está apaixonado por ela.

Dona Dodó comemora feliz seu aniversário e a filha Vera, indiferente não consegue tirar Chinita do pensamento, telefona para a casa da amiga, Maria Luísa lhe diz que a filha saiu há 2 horas atrás para ir visitá-la, Vera desliga.

Clarimundo chega em casa depois das aulas, e resolve aproveitar o silêncio para começar a escrever o seu livro, na introdução coloca que após observar de sua janela a vizinhança, resolveu escrever sobre um observador que certamente terá uma visão diferente do mundo, quando lembra da chaleira fervendo, e levanta para fazer o café.

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